sexta-feira, 23 de abril de 2010

Poema para Vó.

Lembro-me de me refugiar em teu colo após as travessuras,
De olhar teus olhos amedoados com aureolas bondosas,
Eu fecho os meus olhos e me transporto aquele tempo em que eu chegava da escola e corria pra tua casa ... e com minha pequenas mãos sobre a meia-porta, eu levantava meu nariz pra sentir o cheiro do café torrado em casa e ouvia as batidas no velho pilão de madeira nobre.
Lembro-me de tua bondade e teu amor tão imensso para comigo,
Dos dinheirinhos  que me davas para comprar merenda no colégio.
Das escassas palmadas que me tu destes e dos muitos e infinitos afagos de avó.
Me lembro de tua coragem e de tua força diante das duras provas inpostas à ti.
Penso em você todos os dias ao menos por um instante,
E as vezes digo baixinho: "Que Saudade de minha Véinha"...
Como eu queria te ver mais uma vez, te dar mais um beijinho carinhoso,
Como eu queria voltar atras e inpedir certos acontecimentos,
Queria velar teu sono mais uma vez, pentear teus finos cabelos brancos outra vez
És meu anjo amado.. sabes disso ? Nunca me esquecerei de ti, mesmo que eu viva 100 anos,
Perdo-me se fiz algo errado, perdoe-me pelas vezes que fui malcriado e que  não entendi tua dor.
Perdoa-me se errei em alguma coisa ...
Perdoa aqueles que não te deram o amor que merecestes.
O amor que eu sinto por ti ... é tão infinito.
Segue em frente, e me espera ... não volta ainda, preciso te encontrar por aí quando eu chegar.
És para sempre minha vósinha amada,
Meu passarinho "vem-vem"... 
Meu relicário eterno,
Minha alma-amável .
Te amarei além das fronteiras dessa vasto mundo, além da eterna afeição entre nós espirítos afins.

( In Memorian de Maria Magdalena Barbosa - minha Avó amada )
*20/05/1920 + 01/11/2009

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